As Damas de Rozen
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Alice Game :: Atelier de Rozen :: Fan-Made :: Fanfics
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As Damas de Rozen
Resumo:
As bonecas Rozen Maiden são perfeitamente montadas e possuem um detalhe especial: têm vida. O artesão Rozen conseguiu de alguma maneira dar alma para as pequenas preciosidades e talvez tenha boas razões para ter criado o Alice Game (ou não, quem sabe não foi um ataque de loucura?). A história tenta esclarecer alguns mistérios da série Rozen Maiden.
CAPÍTULO 01 - A MARQUESA SOLITÁRIA
CAPÍTULO 02 - ETERNIDADE
CAPÍTULO 03 - MELODIA
No meu próximo post desta página.
As bonecas Rozen Maiden são perfeitamente montadas e possuem um detalhe especial: têm vida. O artesão Rozen conseguiu de alguma maneira dar alma para as pequenas preciosidades e talvez tenha boas razões para ter criado o Alice Game (ou não, quem sabe não foi um ataque de loucura?). A história tenta esclarecer alguns mistérios da série Rozen Maiden.
CAPÍTULO 01 - A MARQUESA SOLITÁRIA
- Spoiler:
- Chovia forte nas ruas calçadas. Poucos ousavam a enfrentar a força da natureza. Era ainda metade da tarde, porém o céu era tão escuro quanto o da meia-noite. As flores despedaçavam-se todas, árvores resistiam aos ventos, mas o dia era ideal para visitar uma pessoa em especial.
Ele chegou à porta da mansão com um sorriso no rosto. Os criados fizeram-no entrar, tirar o casaco que, apesar de tentar se proteger, estava molhado. A dama de companhia avisou que a marquesa o aguardava. Subiu as escadas, atravessou corredores e parou na frente da porta decorada.
- Entre. Belo dia, não?
- Com licença. Sim, belo dia para quem pode proteger-se. Porém as delicadas flores se desmancham e o mundo parece virar o caos.
- Eu não ligo pro mundo. Mas então, Rozen, trouxe a mercadoria?
Ele se aproximou da marquesa suavemente, como um bom cavalheiro faria. Pegou sua maleta de madeira e abriu. Dentro havia uma delicada boneca de porcelana de cabelos negros e olhos amendoados. Suas roupas eram idênticas às de Maria Antonieta. A dama, ao pegar ela em suas mãos, examinou cada detalhe. Era melhor réplica de adulto em miniatura do que crianças. Deu um sorriso.
- Ótimo, está de meu agrado. Entristece-me um artesão tão bom quanto você não ter reconhecimento algum!
- Enquanto meus clientes estiverem satisfeitos me basta, marquesa.
A dama levantou-se. Seu vestido escuro de veludo balançou-se enquanto andava. Deitou a boneca na maleta. Fechou-a delicadamente e entregou para uma criada guarda no quarto. Depois, sentou-se na frente do artesão novamente.
- Rozen, por favor, enquanto estivermos a sós, me chame por meu nome!
- Tudo bem, Alice, se é isso que queres. Apesar de não ser muito bom uma pessoa como você se aproximar de um mero artesão.
- Rozen, sabes que não me importo tanto! Já sou uma pessoa diferente das outras, basta olhar para mim! Minha única companhia durante boa parte dos dias são bonecas! As únicas com no qual eu posso me confessar meus segredos! Não me importo em expressar minhas idéias, em não ser contida igual a muitas outras...
- Alice, Alice, lamento, mas não posso mais ficar, meu tempo é curto. Aproveite que hoje você pode olhar pelas janelas. Tenha um bom dia, marquesa.
A garota ficou vermelha e chamou um criado para conduzi-lo até a porta. Estava irritada. Sua única companhia mortal e ainda não ficava nem uma hora em sua presença. Correu para o quarto. Seu vestido armado lhe dificultava os movimentos, mas não impediu que fosse o mais rápido que podia para sua fortaleza.
Entrou no aposento mal iluminado e olhou ao seu redor. Suas companheiras. Amáveis e silenciosas. Guardariam para sempre o sofrimento de sua alma. Olhou pela janela o jovem de cabelos loiros presos em fita. Indignada, deitou-se na cama.
Ela, uma marquesa que ignorava a moda dos tons claros, pastéis e florais. Como seu nome próprio falava, “a verdadeira”. Era uma garota autêntica, perto da idade de se casar. Seus pais estavam tentando arranjar um pretendente.
Ficou com raiva de lembrar-se disso. Pegou a nova boneca e jogou contra a parede. O rosto e corpo racharam-se e um braço soltou-se do corpo. Gritou, chamou um criado e falou que era para chamar Rozen novamente, no dia seguinte. Depois pediu um brioche e foi dormir.
Na manhã seguinte, sol. Odiava sol. Cortinas fechadas nos ambientes que freqüentava. Pôs-se a ler um livro, enquanto esperava a visita do dia. Quando ele entrou na sala de visitas, ela recebeu-lhe com um sorriso.
- Sente-se Rozen. A boneca de ontem. Quebrou-se! Gostaria de uma nova!
- Sim, Alice, farei outra. Gostaria de uma igual?
- Não! É como ter dois vestidos iguais no armário, porém um deles rasgou! Inaceitável para alguém como eu. Faça ela como você quiser, confio em seu bom gosto.
- Grato. Consigo acabar em uma semana, caso o tempo continuar bom.
- Rozen! Não suporto mais! Porque você parece tão insensível, eu sei que não és assim! Quero ver expressão, palavras com sentimento e faladas naturalmente, não pensadas antes.
- Perdão, mas para nossa proteção, é melhor eu continuar com os bons modos. Fostes ver a estufa ontem?
- Sim, as únicas flores que posso ver inteiras, não é? Já que em dias como estes... Não posso fazer nada além de trancar-me dentro de casa. Alegro-me por tu não teres ficado doente.
- Não sou de ficar doente tão fácil. Hoje também tenho que partir cedo, Alice. Preciso comprar materiais. Dentro de uma semana nos vemos.
-Sim... – e olhou melancólica para o próprio sofá em que sentava.
Rozen saiu da mansão, inexpressivo. Foi comprar tecidos e outros materiais para a confecção das bonecas. Aquela marquesa, uma boa cliente, se seu pai não viver apenas de crédito. Já ganhou dinheiro de outras bonecas, mas com gente daquele tipo, era melhor não se arriscar.
Ele gostava de passar tempo com Alice, era verdade. Porém não podia declarar muita coisa a ela, pois se não, quem saberia o que poderia acontecer? Ter a idéia maluca de fugirem para ela não se casar obrigada. Não, ele gostava da cidade.
Confeccionou uma boneca loira com olhos azuis celestes e uma roupa de campo inglesa. Completamente detalhada. Procurava fazer a perfeição sempre, ainda mais para quem ele gostava. A dama solitária, tão linda e sensível. Levaria os dias de campo no qual ela não poderia ir. Abriu a maleta para entregar a ela, que pegou nas mãos.
Com cara de asco olhou raivosa para o artesão. Jogou a boneca no chão e pisou em cima.
- COMO? NÃO ME LEMBRES O QUANTO ODEIO O SOL! – estava com o rosto vermelho - O QUANTO ODEIO MEUS OLHOS E CABELOS QUE PARECEM SER A LUZ E O CÉU QUE NÃO POSSO VER! – deitou-se no sofá e pôs-se a chorar.
Sem saber o que fazer, o artesão aproximou-se da marquesa e lhe acariciou os cabelos. Ela ergueu levemente a cabeça. Rozen parou, temendo que suas mãos fossem rudes demais para a delicada pele dela. Mas esta gesticulou para que continuasse.
- Sabe... Gostaria que meus cabelos fossem prateados como a lua. Ela não me machuca. E meus olhos continuassem rosados iguais quando eu era um bebê. E não lembrarem do sol quando olhassem para mim, e sim na noite iluminada.
Suspirou e voltou a sentar.
- Perdoe-me. Meus atos não foram adequados. E grata por ter sido mais sensível. Por favor, faça-me uma nova boneca!
Ele concordou com a cabeça e despediu-se. Uma criada foi limpar a porcelana espalhada pelo chão. Ele estava determinado, iria fazer a boneca para que a amada confessasse seus mais preciosos segredos, que a acompanhasse todos os dias, a que seria a melhor amiga de Alice Mercury.
N/A: Hello darlings, o que acharam? Bom, ruim, legal, chato? Ansiosos de como Rozen irá colocar alma em bonecas e como ele vai iniciar as Rozen Maiden? Por favor, sejam honestos ç_ç~
CAPÍTULO 02 - ETERNIDADE
- Spoiler:
- Rozen dedicou-se para confeccionar a boneca da marquesa, mas isso não o impediu de atender outros clientes. Agora, abria lentamente sua maleta e retirava a boneca pálida e roupas sóbrias. Alice deu um sorriso: a melhor boneca que já tinha visto. Sem cabelos empoados¹, loira ou cachos. Cabelos lisos e negros compunham um corte diferente das aristocratas e burguesas.
- Quanta gentileza a sua, Rozen! Uma companheira para eu compartilhar as sombras!
- Agradeço seu elogio irreverente, Alice.
- Ah, como me agrada escutar meu nome. Nome! Preciso de um para ela. Algo exótico. Mas, bem, tenho mais serviços para ti! Uma amiga minha rasgou o vestido e rachou o rosto! Concerte-a, por favor?
Ele sabia que sempre teria trabalho com a senhorita Mercury. Se era descuido ou maldade, sempre acontecia isto com as bonecas que eram consideradas imperfeitas. Tinha a ligeira impressão que era um jeito de chamar atenção.
- Hoje irei ao teatro. Querem apresentar-me um pretendente burguês. Vá lá. Nos encontraremos e sairemos, falando que eu precisava de ar, caso alguém questionar. Caso tu não ires, jamais precisarás retornar a minha casa. – faz uma pausa – Até logo, irei arrumar-me.
O local estava cheio. Era fácil esconder-se naquele mar de poderosos. No meio da peça, Alice e o artesão saíram. Os olhos dela brilhavam com as lâmpadas das ruas.
-Ah! Eu amo a luz que elas emanam! Diferente do sol, não me machucam e servem como guias. É uma das belezas da noite.
- Claro. Senhorita, é melhor não nos afastarmos demais.
- Para que? Sentir aquele miasma de “homem trabalhador que valoriza o dinheiro” e que logo após viverão idênticos a nós, os “terríveis festeiros”? Ridículo! Perdão! – se alarmou e ficou vermelha por estar sendo tão indelicada com ele.
- Tudo bem, senhorita. Semana que vem entrego-te tua boneca, Alice.
Silêncio. O vento mexeu as chamas das luminárias.
- Nunca nos falamos como conhecidos, não é? Você sempre mantém distância, tem medo ou asco de envolver-se comigo. Mas eu entendo, é o mais lógico estar com a classe dominante.
- Perdão pela minha indelicadeza, mas minha educação e receio de te magoar...
- Senhorita Alice! Por que estás aqui fora?
Uma criada interrompeu a conversa. Despediram-se e a marquesa voltou ao teatro. O dia seguinte, o artesão tinha outro compromisso. Visitar uma família burguesa. Ultrapassa o portão e no jardim, vê sua pequena cliente escondendo-se nos arbustos. Ela pede silêncio e chama-o para ir junto com ela.
Era uma criança. Prendia seus cabelos cacheados com duas fitas, e usava um vestido império, comum para as burguesas da época. Vivia brincando e se escondendo no jardim. Sua preferência por bonecas era que elas tivessem cores vivas, e todas tinham que ter uma família e muda de roupa. Após um tempo, uma criada acha a menina, que vai emburrada pra dentro de casa, e Rozen acompanha-as.
Após ter anotado o pedido da garota travessa, volta ao seu atelier. Começa a arrumar a boneca rachada. Porém é interrompido com uma batida na porta, uma senhora estava comprando uma boneca de presente pra netinha, que morava no campo. Após atendê-la, começa a montar uma nova, pensando em várias coisas.
Quando chegou a hora de entregar a boneca arrumada para Alice, vê o retrato a óleo da dama, encontra a mesma triste, no enorme sofá. Não procurou disfarçar, como costumava fazer. Os olhos azuis claríssimos eram acompanhados do vermelho. O artesão escutou a dama de companhia perguntar se queria mesmo receber visita, e ela concordou com a cabeça. O homem mal sentou com sua maleta e ela já se levantou, rolando lágrimas em seu rosto.
- Viu o quadro?
- Sim. Um bom pintor, usou muito bem os pincéis, o trabalho dele foi muito bem executado e...
- Só viu a técnica? Rozen! – as lágrimas tomam maior intensidade, deixando o rosto avermelhado – Aquilo vai se tornar uma maldição! Eu... Eu... Não serei eterna igual aquele quadro! Minha beleza, minha juventude, irá esvair-se! Virão as rugas, os vermes da velhice e da amargura de não ter vivido com o meu amor! Preciso... arranjar um jeito de eternizar-me.
As palavras, o desespero da garota o atingiam, e ia digerindo lentamente cada palavra. Como se estivesse sendo acordado da brincadeira de fazer bonecas e concertos para aquela que vivia lhe chamando atenção, que aquilo não duraria para sempre, que a juventude iria sumir em breve. Agora ele tinha a mesma angústia da moça.
- Arranjarei um jeito de aliviar sua dor, Alice. Por ti, buscarei o segredo da eternidade.
A marquesa assustou-se. Apesar do rosto dele se manter sério, as palavras que jamais pensara escutar, palavras com sentimento, impensadas, dançavam pelo ar e acolhiam sua alma sofredora. Ajeitou a armação da saia para jogar-se nos braços de quem amava. O único homem que lhe dava atenção sem querer herdar título de nobreza. Ele abraçou-a também.
- Obrigada...! Obrigada! – agora chorava mas com sorriso no rosto, se afastou para que ele pudesse ver seu sorriso – Assim poderei ser também a amiga eterna de minha boneca!
Rozen sorriu. Entregou a boneca arrumada, despediu-se e dirigiu-se à biblioteca central. Por Alice, pela beleza incomum que possuía, por sua inocência e solidão, passaria noites acordado. No tempo que se seguiu, leu e anotou coisas de vários livros de ciência e filosofia e encontrou um estudioso vindo de uma ilha distante. Seus olhos eram puxados e negros, ambos discutiam algumas idéias. Agora o artesão mal fazia bonecas, até a marquesa não estragava mais uma boneca por semana.
Ela esperava ansiosa qualquer resposta. Morria de medo dos pais arranjarem um compromisso. Cuidava de sua preciosa amiga, lia livros de romance, Shakespeare, até ela mesma tentava achar alguma solução lendo Leonardo da Vinci. A lua ia mudando de forma até que seu amado veio, sem convite, falar com ela.
- Alice, encontrei uma maneira. Apenas uma, mas...
- Não importa-me como é! Eu a farei! Serei eterna, de qualquer jeito. Serei livre de tudo isto! Diga-me, quando podemos realizar o processo?
- Creio que daqui a 9 dias. Irei buscar-te à meia-noite. Esteja preparada. – fez uma reverência – Até lá, ma cherrie.
O tempo custou a passar. Ambos mal conseguiam dormir. Rozen não tinha certeza que daria certo, não sabia qual era o momento certo para realizar as etapas. Agora não havia mais como adiar. Fez tudo o que pode até chegar o dia marcado. Faltando dez minutos para meia-noite, escalou a mansão segurando-se onde conseguia, chegando na sacada da marquesa. Bateu suavemente no vidro. As cortinas abriram-se, deixando a luz do luar iluminar a pele pálida.
¹: antigamente, se passava pasta e farinha nos cabelos das mulheres para fazer os penteados barrocos e do rococó. Pois mulheres não usavam perucas, igual os homens. Quem viu Maria Antonieta ou filmes de época, deve entender melhor.
N/A: Depois de muito, muito tempo, capítulo dois! Já suspeitam de alguma coisa? Ou acham que sua Alice aqui ta pirando geral e tem coisas imprevisíveis? Não percam o capítulo três! Deixem seus comentários e sugestões, ok?
CAPÍTULO 03 - MELODIA
No meu próximo post desta página.
Última edição por em Sex Jan 25, 2008 3:35 pm, editado 3 vez(es)
Re: As Damas de Rozen
Nossa, só agora vi isso ~desu! o.õ
Nyaaa quero ler a fic da Alice ~desu!! /o/
Nyaaa quero ler a fic da Alice ~desu!! /o/
Suiseiseki- Rozen Maiden
-
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Localização : Ao lado da mala da Souseiseki. Porque a Suiseiseki não quer ficar sozinha ~desu.
Re: As Damas de Rozen
CAPÍTULO 03 - MELODIA
CAPÍTULO 04 – CAMINHO DOS SONHOS
CAPÍTULO 05: PÁGINA 01, TERCEIRO POST DA ALICE
- Spoiler:
- Alice abriu a porta, estava ali, pronta para seu maior ato de rebeldia. A razão não existia mais. Usava um vestido negro sem armação, tudo para facilitar a fuga noturna. Deixou sua amiga descansando em sua cama. E ambos corriam pelas ruas, a garota com um sorriso no rosto, maior que qualquer um que já mostrara na vida. Amava a sensação de liberdade! Estava ali, com seu amor, mesmo tendo a chance de não ser retribuída.
Chegaram ao atelier, com vários pedaços de boneca separados, pronto para serem montadas. Ela admirava cada detalhe, tamanha curiosidade e admiração. Rozen parou-a e beijou-a. Assustada, se afastou. Seu rosto estava vermelho, não sabia se devia aceitar ou não. Mas era tão bom! Como se lesse seus pensamentos, o artesão aproximou-se e beijou-a novamente, desta vez retribuído.
Agora, só precisava de coragem. O medo, sentimento até esquecido por ele, não poderia surgir. Acabou de admitir seu amor, se arriscou a ser preso, para agora o inesperado acontecer. Sabia que ela também era imprevisível. Como o local de trabalho estava sujo de poeira, abriu a porta do quarto para a marquesa poder sentar-se. Foi para a cozinha pegar vinho, para afastar o frio da noite. Entregou uma taça para a dama, que bebeu metade em um gole só.
Ela começou a ficar nervosa, estava pela primeira vez sentada na cama de um estranho, longe de casa, sem nenhuma armação servindo como escudo. Em breve seria jovem para sempre, porém como? Não teria medo agora. E disfarçou tomando vinho. Falou algo sobre evoluir com a eternidade, tornar-se perfeita.
Não demorou muito para Alice adormecer. Rozen deu um beijo na testa e agora estava pronto para realizar o desejo da aristocrata. Abraçou-a forte, sabia que ela não ia acordar. Em seu vinho colocou o que o boticário receitou para dormir em dose dobrada.
Começaria agora o ritual para a vida eterna. Pegou-a no colo, amarrou uma corda em seu pescoço, e por fim, enforcou-a. Sentiu a batida do coração da marquesa parar. Embaixo dela, as pétalas de rosa voavam com a brisa.
Os olhos do artesão arregalaram-se. Não havia nenhum brilho, nenhuma reação, nada. Aquilo não estava acontecendo. Não matara sua amada para sempre. Jamais faria bonecas para ela novamente. Porque não dava certo igual aos escritos...? Ou teria mais alguma coisa a fazer, que foi esquecida?
Tentou no mais rápido que pôde esconder as pistas de assassinato e enterrou o corpo da amada debaixo de uma roseira vermelha. Perturbado, voltou pra casa, e bebeu toda a garrafa de vinho, para esquecer-se do ocorrido. Porém, ao dormir, teve pesadelos. Alice enchia seus sonhos com palavras de perfeição, buscar ser perfeita com a eternidade, de como seu amor por ele era grande. Do seu medo de ficar velha, perder sua beleza. E de palavras da língua estranha do estrangeiro. Acordou cansado.
Seguiu-se assim por dois dias, até que foi inevitável sair para entregar para a pequena burguesa. Escutava nas ruas sobre o sumiço da senhorita Mercury. Ignorava. Mas um calor tomou conta de seu coração, acordando de seus típicos devaneios. O som de violino que vinha da casa dos burgueses parecia tão natural quanto o canto dos pássaros.
- Bravo, Alice! Bravo!
- Obrigada, Rozen! – a menina largou o violino e saiu correndo em direção dele. Sua nova boneca, de menina do campo, estava lá, pronta. Mas algo a perturbava. Os olhos do artesão sempre foram sóbrios, mas parecia que se perdeu o brilho.
- Obrigada pela boneca. O que foi, senhor artesão? Você... está tão triste!
- Não foi nada, só não consigo dormir direito. Passe bem.
Fabricou bonecas apenas para a sobrevivência. Disfarçava seu desânimo, acompanhava pelas manchetes a apuração do caso da Mercury. Ah, pequena alma que se foi! Suas lembranças ficavam presas no coração do plebeu. Era uma marquesa solitária, que nos iluminava com seu raro sorriso e pele tão branca quanto a neve, que sofria por não poder ir ao sol e ter pensamentos vanguardistas, tornando-a tão perigosa quanto mercúrio, assim como seu próprio sobrenome sugeria. Guardou os fios de cabelo dela que grudaram em sua roupa no último dia de vida. Ela, agora, seria eterna. Seus cabelos guardariam história para as gerações posteriores. E na mente, palavras do estrangeiro, formaram um nome: Suigintou.
Passaram-se dois meses para conseguir encarar o fato. Agora, sua cliente mais devota era a pequena Alice violinista. Vivia convidando-o para brincar, pedia as bonecas com cores mais extravagantes que conseguia imaginar. Jamais escutou sair de seu violino alguma melodia triste. E amava passarinhos, escutar seu canto. Seu preferido era o canário.
-Ei, ei, Rozen! Porque meninas têm que usar vestido? É tão injusto! Eu queria usar traje de campo inglês, igual meus irmãos e o papai, deve ser muito melhor pra brincar! – fazia cara de emburrada enquanto tomava seu suco de morango.
-Querida Alice, é porque meninas são delicadas, e acham que vestido é a melhor opção...
-Mas este tipo de vestido foi usado há muito tempo atrás pelas gregas! E porque não temos cabelos coloridos?
Rozen deu uma breve risada silenciosa. Era meio estranho, ele agora acostumado a ficar sóbrio mais tempo do que antes. Será que agora consegueria esquecer a boneca pálida abandonada em sua mesa? Incompleta por não ter coragem de lembrar da aristocrata, com roupas de luto por sua alma e cruzes invertidas para o Deus que deixou tal pureza ser finita. A primeira que tocou seu coração, a primeira Rozen Maiden.
Fazer uma nova boneca, de cabelos coloridos, com roupas lembrando as de garoto coloridos era uma idéia inovadora, que combinava perfeitamente com a pequena Alice. Mais uma carente de atenção, querendo se mostrar superior, mas uma que com sua inocência e esperteza tocava e alegrava o coração do miserável artesão.
Sua alegria superficial era retirada toda vez que chegava em casa. Tentava não dormir muito, sabia que viriam os pesadelos. A culpa. A culpa de ele ser o culpado por tirar a vida. Até agora ninguém suspeitou do criador de bonecas. Ele pedia, com toda sua vontade, que Mercury voltasse à vida. Porém não sabia a quem pedir: já não era mais crente na igreja, após seus estudos na biblioteca. Todo dia, o mesmo desejo e a mesma condenação.
Estava planejando se retirar por alguns dias para uma região montanhosa, com florestas e campos, sair um pouco daquele mundo demasiado burguês. Ainda não sabia o dia, nem o local, estava apenas pensando no caso. O lado bom da história é que não devia explicações a mais ninguém, era só, sem família ou amigos íntimos. Seus amigos eram mais de negócios. Foi mais uma vez receber uma encomenda feita pela pequena dama. Após especificar o pedido, ela suspira.
-Eu queria ser criança para sempre.
N/A: ta-rã-rã! xD O que acharam? Surpresas? Chocadas? Ou acharam a morte da primeira Alice horrivelmente ruim, igual a batalha Harry Potter contra Voldemort no 7º livro? xD Quero comentários Ò_o~ (devem estar achando que a Alice aqui é psicopata... xD)
CAPÍTULO 04 – CAMINHO DOS SONHOS
- Spoiler:
- A eternidade estava querendo ser alcançada mais uma vez. Por outra Alice. A chance de encontrar o mundo ideal, ser perfeita. Infância eterna seria a perfeição? Rozen sentiu que era a sua chance de arrumar seus erros. Daria o que a pequenina mais almejava. Começou a fazer mais uma boneca, outra boneca sem defeitos. Cabelos esverdeados, roupas coloridas, aquele traje de campo inglês, porém mais delicado e feminino. Seu rosto e corpo espelhavam-se na pequena Alice. Foi preciso seis meses para conseguir fazer a boneca do jeito que queria. Desta vez, antes de iniciar o rito, o novo corpo estaria pronto.
Entregou a boneca que a criança pedira, ruiva com cabelos cacheados e roupas renascentistas. Ela sorriu, alegremente, mais uma para executar seus planos elaborados de ganhar de seus irmãos. Voltou a falar em ser criança para sempre, não crescer nunca, sem precisar se preocupar com marido e regras de etiqueta.
-Tenho uma idéia de como realizar seu desejo.
-Sério? – a alegria tomou conta de seu rosto – Diga-me o que preciso fazer Rozen, por favor!
-À meia-noite... Saia de casa com roupas escuras. Vá até meu atelier. Estarei esperando, com tudo pronto para você ser criança para sempre.
Mais uma vez, o mesmo plano. Sair de casa escondida para os sonhos se tornarem realidade. A menina se vestiu com um vestido leve e colocou uma capa por cima. Pegou sua boneca preferida e seu binóculo para espiar se alguém estava em seu caminho. Sua fuga mais ousada começava. Ela corria pelas ruas e por sorte, sem nenhum guarda ou adulto nas ruas. Entrou pelos fundos do atelier e retirou a capa.
Rozen ofereceu-lhe uma maçã e um copo de suco. Ela devorou tudo, esquecera-se de comer com toda sua ansiedade. Andou pela casa do artesão, admirando todos os detalhes e assustando-se com a pálida boneca incompleta. Saiu do local rapidamente e se deparou com a boneca de roupas coloridas e extravagantes, cabelos verdes cacheados.
-Gostaria de ser ela. – falou baixinho.
Estava ficando cansada, já estava muito tarde. Sentiu seu corpo adormecer, perder a voz e a visão escurecer. Morria lentamente, embalada num gracioso sonho. Desta vez, sua vítima foi envenenada. O loiro escutou as últimas batidas de coração desaparecendo. Deitou-a no chão após o corpo falecer e em seu lado havia pétalas de rosa. Foi até um bosque enterrar o corpo infantil. Enterrou-a debaixo de uma roseira, junto com a boneca. Surgiram duas luzes. Da boneca era um pequeno globo. Da menina era uma rosa de luz.
O artesão pegou ambas com as mãos e voltou correndo para casa e estenderam a boneca. Ambas entraram no corpo de porcelana. Rozen murmurou “Kanaria” ao ver o acontecido. Deu corda na boneca. Nada. Depois de algum tempo começou uma perna a se movimentar. Outra. Os braços. Olhos se abrindo.
-Pai...
Em pouco tempo a boneca estava no chão. Ele havia conseguido! Sua segunda dama, sua segunda boneca, viva! Iria deixá-la parada por um tempo, já que iria se ausentar e estaria ocupado trabalhando. A experiência finalmente completou-se. Que orgulho tinha de si mesmo. Realizara o sonho da pequenina, encontrara algo melhor do que a pedra filosofal.
Demorou um ano para conseguir o dinheiro necessário, assim viajou para as montanhas. Alugou um chalé para descansar e agora descobrir o porquê a primeira experiência deu errado. Foi passear e conhecer o local, ver se tinha alguma vizinhança. Caminhou durante um bom tempo até que se deparou com um caminho muito bem cuidado de arbustos, flores e árvores. Estava caminhando tranqüilo, a beleza do lugar o inspirava, sentia-se com mais energia. Um grito lhe acordou de seu devaneio e se viu de costas no chão com uma camponesa caída em cima dele.
A garota estava vermelha, levantou-se rápido e estendeu a mão para o estranho. Rozen levantou-se, tentou se limpar um pouco com as mãos.
-Desculpe-me! Desculpe-me! Mil perdões! O senhor está bem? Está machucado? Ai meu deus, sangue!
-Tudo bem, estou bem, só foi um corte.
-ALICE! – um grito de uma voz mais grave veio, com um jovem vindo em sua direção. – O que ele fez a você?
-Nada, eu apenas acabei caindo em cima dele tentando pegar uma fruta.
-Quem é você? - o jovem fitava o estranho.
-Sou Rozen, artesão. Aluguei o chalé do senhor Bovary, descansar um pouco.
Finalmente o jovem abaixou um pouco a guarda. Verificou se a camponesa estava bem. Virou-se para o loiro e estendeu a mão. Dedos finos para um homem, ainda mais do campo.
-Sou Armand. Esta é minha irmã gêmea Alice. Moramos perto daqui, vendemos flores e frutas.
-Prazer, Armand, Alice.
Mais uma vez, aquele nome. Talvez fosse sua penitência, uma dívida que ainda não pagou. Sorriu e seguiu ambos para conhecer a casa de seus “vizinhos”. Seu jardim era impecável, a decoração da casa também era. Conversaram e o novato foi convidado para a festa da colheita que seria em breve, faltavam duas semanas. Alice foi escolhida como a rainha. Teria música, pratos típicos, dança. Rozen aceitou o convite.
A garota não perdia a pose nunca, não era uma camponesa qualquer. Ela tinha criados para colher em seus campos, mas das flores e primeiros cuidados, tomava a iniciativa. Considerava-se a única que sabia fazer tais tarefas corretamente. Já o garoto administrava o negócio, andava sempre bem trajado, seus cabelos castanhos eram impecáveis. Sua conduta era admirável, respeitando sempre as normas e protegendo sua irmã, única família que tinha.
Alice estava mais bela que nunca no dia da festa: seus cabelos estavam presos com flores naturais vermelhas, cachos desciam por suas costas. As jóias de jade tinham o mesmo brilho que seus olhos e um vasto vestido verde com flores brancas e vermelhas davam elegância para a composição. Seu irmão estava vestido com a novidade da sociedade, alfaiataria de primeira qualidade da cor azul-primário e uma bengala, perfeito dandy.
Rozen percebia a mudança das roupas das mulheres, e mesmo antes da pequena Alice reclamar dos vestidos império, já tinha visto algumas damas com roupas diferentes, que agora toda a elite usava. Assim como os homens mais cultos começavam a andar das cores extravagantes, coisa que a pequenina não pôde ver por não poder sair muito de casa.
Camponeses se divertiam dançando e cantando enquanto os raros burgueses conversavam num local mais distante, aproveitando a comida. Alice sentou-se ao lado do artesão enquanto Armand ficava na companhia de outros com seu ar blasé¹. A irmã o fitava olhando-o entediada.
-Ela não era assim.
¹: blasé: entediado, nada é novidade, sem se exaltar e expressar emoção alguma.
N/A: Férias é tudo! Dá tempo para escrever! BWAHAHAHAHA! MATEI A KANÁRIA! *toda feliz* Apesar de me sentir atentada a fazer algo sangrento, de cortá-la em pedacinhos e passar pelo moedor de carne e depois dar pra Hina-Ichigo comer, fui boazinha e dei uma morte diferente pra ela, algo mais “limpo”. Comentem ou sejam mortas por Rozen u_u~
CAPÍTULO 05: PÁGINA 01, TERCEIRO POST DA ALICE
Última edição por em Dom Fev 17, 2008 2:29 pm, editado 3 vez(es)
Re: As Damas de Rozen
Adorei *.*
Gostei de como Rozen está explorado, da personalidade dele que parece enquandrar-se tão bem na pessoa de quem as bonecas falam sempre <3
Está fantástico <3
Estou pa ver como isso vai acabar... Por enquanto parece uma situação muito "estável", sem nunca mudar muito, mas a pouco e pouco... ;P
Gostei de como Rozen está explorado, da personalidade dele que parece enquandrar-se tão bem na pessoa de quem as bonecas falam sempre <3
Está fantástico <3
Estou pa ver como isso vai acabar... Por enquanto parece uma situação muito "estável", sem nunca mudar muito, mas a pouco e pouco... ;P
Re: As Damas de Rozen
Que lindo Alice ~desu!! *-*~
Já até sei qual bopneca Rozen vai fazer agora ~desu! XD
Aposto que é a Gin-sama, já que ela comentou querer ter cabelos prateados e olhos rosados, fora que o sobrenome de Alice é Mercury ~desu! XD
Já até sei qual bopneca Rozen vai fazer agora ~desu! XD
Aposto que é a Gin-sama, já que ela comentou querer ter cabelos prateados e olhos rosados, fora que o sobrenome de Alice é Mercury ~desu! XD
Suiseiseki- Rozen Maiden
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Re: As Damas de Rozen
Adorei,Alice-sama~kashira*-*Quero ler mais,siiim~kashira?*0*
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Re: As Damas de Rozen
amei amei amei!!!
CONTINUA!!!
CONTINUA!!!
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Re: As Damas de Rozen
Thank u! Soh poderei continuar quando a facul aliviar ç_ç~
----------------------------------------//EDIT!
Capítulo 05 - Deja Vu
Capítulo 06 – Rosas de Pedra
----------------------------------------//EDIT!
Capítulo 05 - Deja Vu
- Spoiler:
- Rozen pensou ter escutado errado. Porém ao ver a reação de Alice, que ficou desconcertada, percebeu que ouviu corretamente. Ela resmungou algumas coisas, repetia “desu” várias vezes, como se fosse um ponto final. O artesão não levou o trocadilho muito a sério, apenas sorriu.
Era tarde quando os três resolveram voltar para suas casas, deixando os camponeses e a plebe continuar a festejar sozinhos. A carruagem de Armand deixou Rozen no chalé que havia alugado e logo após já estavam indo para a sua própria casa. O loiro, ao escutar a carroça com seus dois amigos partir, não se sentiu cansado o suficiente para dormir. Pegou umas folhas de papel e tinta e começou a projetar uma nova boneca.
Os pássaros cantavam alto para acordar a todos e festejar a fartura de frutas. Os irmãos gêmeos já davam ordens aos criados, sem paciência para escutar nenhuma reclamação. Receberam o visitante para tomar um café da manhã com produtos da região. Conversaram durante algumas horas, Alice ainda parecia estar desconfortável.
Mais alguns dias se passam e voltam a se relacionar normalmente, agora Rozen recebia até algumas dicas de jardinagem. A vida naqueles campos era maravilhosa, tranqüila, poderia até morar ali. Porém precisava atender o público, este, por sua vez, voltaria a uma semana para encomendar as mais variadas bonecas.
A festa de despedida foi animada, com muitas comidas deliciosas, música e risadas de alguns convidados. Deu pena de deixar aquele lugar. Teve que arrumar suas malas com tristeza, mas o trabalho lhe esperava. E suas pequenas damas também.
Passaram-se dois meses, trabalhando sem parar, sem notar nas coisas a sua volta. Pagava às vezes uma senhora para fazer a faxina e alguma comida, nem chegava a se dar o luxo de verificar o serviço. Sua inspiração agora eram os campos, para elaborar as mais diversas bonecas. Enquanto lixava um rosto de porcelana, distraído, começou a pensar o quanto suas bonecas eram solitárias. Não havia nenhuma que fosse tão semelhante uma a outra para dizerem que são... irmãs. Mas não queria fazer duas iguais, senão bastava um espelho.
Tirou um dia de folga quando um amigo pintor veio da França para visitá-lo. Falou de algumas coisas que aprendera estudando, outras que jurava que descobriu sozinho. Arte e ciência caminhavam juntas, afirmava entre suas explicações. Admirou o trabalho do colega artesão e convidou-o para visitá-lo em Paris, poderia até vender suas bonecas lá, começar a fazer umas sensuais para os freqüentadores do Moulin Rouge. Ao entardecer, regressou para seu lar. No mundo burguês não há tempo para ser desperdiçado.
Durante três meses, acordava pensando em como solucionar o problema da falta de companhia de suas filhas de porcelana. Estava acabando de costurar um vestido quando escuta o sino da porta da loja bater. Se ajeita rapidamente para atender o cliente e olha para aquele rosto familiar.
-Boa tarde! Meu irmão veio para a cidade a negócios e resolvi conhecer seu atelier.
-Sinta-se à vontade, Alice. Quanto tempo irão permanecer aqui?
-Dez dias. Estou encantada com seu trabalho. Gostaria de ter ao menos uma, parecem reais. Ei, Armand, estou aqui! – e balançando os braços chamou a atenção através do vidro.
O jovem entrou na loja e também apreciou o artesanato. Comprou duas bonecas para a irmã. Conversaram durante uma hora e despediram-se. Rozen percebeu que os gêmeos usavam anéis iguais, mas com pedras distintas. Gostou da idéia da relação deles. Pareciam ser unidos, valorizando sua única família.
Resolveu passear a noite, sem destino, respirar o ar gelado para recompor-se. Voltou a si quando viu uma de suas bonecas na rua, para ser jogada no lixo. Reconheceu a boneca de cabelos negros. Pegou-a e abraçou-a. Perguntou-se o que os Mercury estariam fazendo com as coisas da sua falecida filha. Caminhou até sua própria casa, colocou a preciosa amiga numa estante de seu quarto e contemplou-a. Dormiu tranqüilamente com a ausência de pesadelos.
Mal havia comido sua refeição matutina quando escuta alguém bater na porta da loja. Ajeita-se rapidamente para atender. Um oficial da polícia entrou no aposento com um sorriso no rosto.
-Rozen, seu nome, certo?
-Certo.
-Tenho algumas perguntas para lhe fazer sobre a senhorita Alice Mercury. O senhor a conhece?
-Sim. Era uma boa cliente. Lamento muitíssimo o acontecido. Sente-se, por favor.
-Não, obrigado. O senhor lembra-se da última vez que a viu?
-Hum... Faz tanto tempo. Sim, me lembro. Ela estava um tanto quanto transtornada. Creio que já tinha recebido a ameaça do assassino. Porém não me contou nada, tentou desviar do assunto, falar das bonecas e do próximo pedido. Além de criticar o sol.
-Sim, sim. –anotava tudo atentamente. – o senhor suspeita de alguém?
-O açougueiro sempre me pareceu muito estranho. As feições dele parecem as que... aquele estudioso relata como reconhecer uma pessoa propensa a criminalidade.
-E sobre o caso da pequena Alice Voguel, poderia me dizer o que pensa?
-Era uma menina que adorava criar planos e não queria crescer. Talvez tenha fugido de casa para procurar aventuras.
-Obrigado por sua atenção. Tenha um bom dia.
Ao fechar a porta para o policial, suspirou de alívio. Tentou controlar para que não começasse a chorar. Olhou a pequena Kanaria que dormia sobre uma banqueta. A boneca incompleta que às vezes sentia que lhe olhava com melancolia. Escutou o sino. Era Alice. Olhava triste para o artesão e depois para as bonecas. Perguntou se ele tinha o dia livre. Respondeu que sim. A garota queria lhe mostrar algo que havia achado.
Caminharam para os redores da cidade. Não trocaram muitas palavras. Estava claro que estava preocupada com algo. Para aliviar a tensão, o artesão pergunta quais os nomes dados às duas bonecas.
-A minha boneca se chama Sonho de Ametista. A de minha irmã chama-se Lem...pi...cka... Ai não, por favor, mantenha segredo, desu!
-Tudo bem. Ela fez isso para poderem se sustentar, não é?
-Sim. Para não termos que virar operárias nas indústrias, ela começou a se vestir como garoto. Na verdade, ela nem liga. Trocou seu nome de Alice para Armand. Sim, temos o mesmo primeiro nome.
-Interessante. Acalme-se, não estou a fim de destruir esperanças. Prefiro realizar desejos. – sorri.
-Como gostaria que você fosse um gênio da lâmpada. Para eu poder ficar com minha irmãzinha para sempre. – suspira. – Chegamos.
Pararam em cima de um barranco. Abaixo dele, roseiras selvagens e outras plantas cheias de espinhos. Quem caísse lá com certeza morreria.
N/A: bwahahahah, consegui enrolar para a Alice-Sui não morrer neste capítulo! Espero que estejam gostando. Aliás, um dos motivos que passo rápido certas partes é para pode explicar a diferença das roupas.
Capítulo 06 – Rosas de Pedra
- Spoiler:
- Após aquela visão, o artesão trabalhou sem parar em seu novo projeto. Duas novas bonecas iriam surgir. Juntas para sempre, com uma ligação especial. Já havia escolhido os nomes, baseado nas pedras dos anéis que cada uma usava. Acabou de produzir Suiseiseki, alinhou-a corretamente. Amanhã seria o dia da partida. Tempo algum não poderia ser desperdiçado.
Rozen esperou a visita da donzela Alice, recebeu-a com um sorriso no rosto.
-Alice... Poderíamos nos encontrar à meia-noite no local que tu mostraste a mim? E poderia trazer a Sonho de Ametista?
-Mas por quê? Qual a razão?
-Escutei estes dias uma conversa sobre as rosas selvagens. Podem ser capazes de realizar desejos. Gostaria de compartilhar este momento contigo.
A camponesa pensou um pouco em silencio. Não sabia se acreditava ou não. Seu desespero e receio de perder sua querida irmã falavam mais alto. Decidiu aceitar o convite. Combinaram de não falar nada para “Armand” e nem a ninguém.
Enquanto isso, nos fundos do atelier, a boneca incompleta tentava ganhar forças. Vira duas bonecas prontas e uma outra desnuda de cabeça baixa. Pelo que escutara eram Rozen Maidens. Seu pai, amado pai, não olhava para ela, que o amava tanto! Não precisava de corda para se movimentar, seu amor era tanto que às vezes conseguia ver e entender o que acontecia ao seu redor.
Meia-noite. Ambos se encontraram no topo do barranco. Sonho de Ametista sentada delicadamente no colo da dona.
-Então, diga, o que é preciso fazer para que se realizem meus desejos, desu?!
-Primeiro passo: ir até a extremidade, para poder ver as rosas. Segundo passo: fechar os olhos e desejar mentalmente, com toda sua fé. Terceiro passo: conseguir sentir a fragrância.
-Hum! Bem direto você.
E Alice foi seguir as instruções. Eram meio estranhas, mas as simpatias eram sempre assim mesmo. Abraçou sua boneca e olhou as rosas todas floridas, perfeitas. Fechou os olhos, desejando estar junto para sempre com sua irmã, com tanta força que chegou doer seu coração. Começou a sentir o cheiro das plantas, porém vinha um outro perfume, mais sedutor. Desconcentrou-se e ao abrir os olhos, estava caindo.
Rozen a empurrara junto com a boneca. O vermelho do sangue se juntava as pétalas de rosa. Contemplava o cadáver, aquela morte poética. Não sabia agora o que fazer. Se deixava-a ali para as rosas ou se enterrava assim como fizera com suas duas outras vítimas.
Ao amanhecer, Armand bateu na porta do atelier com grande força, quase quebrando o vidro. O artesão abriu a porta correndo, ainda descabelado.
-Alice! Alice! Ela não voltou para o hotel! Não a encontro!
Demorou para conseguir ligar as palavras, ainda não esta completamente acordado. Começou a se arrumar enquanto comia um pão e escutava o desespero daquela alma. Falou do local das rosas, que Alice havia lhe citado antes, o único lugar que poderia se lembrar. O dândi saiu correndo para pegar um cavalo e procurar a garota. Enquanto isso, a boneca que não tinha roupas, agora estava sendo vestida e terminando os últimos detalhes.
Durante o almoço, o aviso de que encontraram o corpo sobre as rosas. O enterro seria no próprio local, ao pôr do sol. Sem missa, sem padre. Apenas o “irmão” e o artesão. Alice sentia que sua falecida irmã iria querer assim. Ambos carregavam enxadas para enterrar a carne que estava cheia de cortes e furos, provocados por galhos das plantas que estavam entre as roseiras. Não foi algo muito bonito. A boneca ficou junta ao corpo. Agora, apenas um monte de terra era visto.
-Alice me contou seu verdadeiro nome, querida Alice.
-Como? – acordou de um devaneio – Nem me lembro direito de ser mulher, que este é meu nome. Às vezes me dou ao luxo de me lembrar, como comprar uma boneca para mim. Nada a mais. Minha vida girava em torno de um único propósito. Agora não existe mais. Não tenho mais desejos para realizar para ganhar um sorriso em troca.
-Na verdade... Ela me contou um desejo que você nunca cumpriu. A meia-noite poderei lhe contar, no topo do barranco, com sua boneca. Para você poder sentir o que ela sentiu.
Não trocaram mais palavras, até a lua aparecer novamente. O artesão e a burguesa se encontraram, quando os sinos da igreja soavam as doze badaladas. Nenhum deles estavam com caras animadas. A única que sorria era a boneca, carregada gentilmente nos braços da figura aparentemente masculina.
-Alice, sua irmã, ficou bem na ponta, para poder ver todo o campo de rosas silvestres. Gostaria de experimentar o que ela fez?
Não falou nada, mas foi até a ponta, tentar sentir o mesmo ar, a mesma emoção de sua falecida irmã. Rozen, ao ver o ato, continua a falar.
-Então ela fechou os olhos, desejando algo com todo seu coração. Sentiu o aroma das flores...
A garota fazia tudo o que era falado. Abraçava Lempicka. Agradecia por Rozen ter sido um bom amigo.
-O que ela desejou... Foi estar junto contigo para sempre. E seu pedido será realizado.
Empurrou o mais forte que pôde. Mais uma vez, sem tempo para gritar. Falecia a irmã. Sempre juntas. Ambas se ajudariam para se tornarem perfeitas. Desceu cuidadosamente o barranco, removeu o corpo e a boneca, enterrando-a no lado do primeiro cadáver.
Levou para casa as luzes que saíram da terra, levou-os para Souseiseki. Deu corda na boneca. Deu alguns passos, não fez muita coisa, adormeceu. Para sempre estariam juntas.
Havia um problema: como as bonecas chegariam à perfeição? Ele não conseguiria fazer algo tão grandioso sozinho. E precisava de um ajudante. Mas humano algum seria confiável, ficaria horrorizado com a idéia.
Passou-se um ano. Estavam convidando o artesão a ir para a capital. Uma rica família burguesa queria dar presentes para a filha, que era muito exigente. Arrumou as malas e partiu para anotar o pedido.
-Pai... – a voz falou nos fundos da casa de Rozen.
N/A: hauahuahauhauah.... xD A Sui durou dois capítulos, mas em compensação, matei duas num capítulo só! Não resisti! Acho que na minha vida passada fui o tio Jack estripador xD Comentem, comentem e deixem a admin feliz ;D
Última edição por em Dom Fev 17, 2008 2:27 pm, editado 1 vez(es)
Re: As Damas de Rozen
NYAHHH BARA BARA QUER MAIS *-*
alice ama rozen! *.*
rozen ama alice! *.*
QUERO VER UMA DECLARAÇAO ROMANTICA >_< <3
bara adora romances <3
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Re: As Damas de Rozen
Finalmente o capítulo 2!
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Capítulo 07 – Viagem
Capítulo 8 - Pequena Pintora
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Capítulo 07 – Viagem
- Spoiler:
Rozen estava admirado com a capital de seu país. A arquitetura era maravilhosa. Apesar dele não morar numa cidade pequena, as coisas daquela cidade o impressionavam. Havia uma grande biblioteca que pensou em ir depois de visitar sua cliente.
Chegou à casa da família burguesa. Viu uma jovem de olhos azuis e longos cabelos loiros dar ordens aos criados. Uma senhora o recebeu e pediu para que ele se sentasse numa cadeira da sala de visitas, ofereceu-lhe uma xícara de chá. Algum tempo depois, a jovem que tinha visto, sentou-se no sofá que estava na frente do artesão. Em sua frente, um mordomo deixou uma xícara dourada e serviu chá com um aroma cítrico.
-Bom dia. O senhor é o artesão de bonecas Rozen então. – tomou um gole de chá. – Sou a senhorita Perrault, Alice. Conheces o conto da Branca de Neve e Vermelha de Rosa?
-Dos irmãos Grimm, certo?
-Sim. Gostaria que o senhor fizesse bonecas das duas bonecas. Seria possível?
-Claro. O prazo de entrega será de dois meses.
-Ótimo. Espero que corresponda ao que dizem sobre o senhor. Devo ir. Tenha um bom dia.
Como poderia ser? Mais uma Alice aparecera em sua frente. A única que poderia ser perfeita chama-se Alice? O pedido anotado foi guardado em sua maleta e foi em direção à biblioteca pública. Andou pelos corredores cheios de livros, procurando os contos dos Grimm. Achou uma seção com livros que lhe chamaram atenção, que falavam de filosofia e espírito do corpo humano. Pegou dois volumes. Depois de três corredores, conseguiu três livros ilustrados de contos de fada para ter melhores referências.
Foi até o balcão efetuar a locação e saiu carregando muito peso. Levou até o hotel que se hospedara e se arrumou para continuar a visitar o centro. Andou por muitas praças, até encontrou a senhorita Perrault num Jardim Botânico, viu que ela gostava muito de ler.
Ao voltar para seu atelier, começou a fazer a Branca de Neve. Estava feliz, com certeza teria mais projetos pela frente que seriam diferentes de quaisquer outros. Durante a noite ou quando queria descansar a noite lia seus livros. Como os estudos sobre a mente humana eram bem apresentados e interessantes naqueles livros. Não falavam muito sobre a ciência que estava acostumado a escutar dos intelectuais. Envolvia outros planos, o espírito, elementos esotéricos.
Voltou à capital. Devolveu os livros e foi visitar sua cliente. Ela, por sua vez, encontrava-se lendo. Percebeu também que suas vestes e objetos que a cercavam assemelhavam-se aos romances diversos que lia. E, como já esperado, a próxima boneca também seria baseada em um livro. Porém desta vez Alice o acompanhou até a biblioteca. Pois queria o livro exato para entregar para Rozen, e não outras versões similares.
Após ambos acharem o que queriam, mais uma vez o homem fora na seção de filosofia. Estava até começando a esquecer suas bonecas que tinham vida. A conversa intelectual com a garota Perrault era agradável e lhe desligava do presente para discutir os universos paralelos contidos nas leituras.
-Esta biblioteca é tão grande! – a loira arrumava seus cabelos enquanto andava para a saída – seria preciso mais de uma vida para ler tudo. Bem, espero que o senhor tenha compreendido o meu pedido.
Rozen concordou com a cabeça, levando mais uma pilha de livros. Desta vez falava sobre o mundo dos sonhos, o inconsciente, viagens astrais. Quando voltou para sua casa, resolveu experimentar. Deitou-se e fez a visualização descrita. Todo dia tentou um pouco, até conseguir fazer sua alma sair do corpo físico. Andou pelas ruelas e viu alguns vultos negros. Quando um destes o alcançou, rapidamente voltou para sua cama, desperto e sentindo calafrios.
Estava perto do prazo de ir até a capital entregar a boneca e ir à biblioteca. Uma noite antes de sua viagem, conseguiu descobrir algo incrível: seu próprio mundo interno. Não achou palavras para descrevê-lo, seu mundo dos sonhos, descrevia sua alma e seu jeito de ser! Era fantástico. Só não ficou por muito tempo porque tinha medo de ficar preso.
O dia de sábado estava maravilhoso, as pessoas na rua sorriam, as crianças brincavam tão alegres e Alice estava recitando poesia em voz alta. Fechou o livro e sorriu para o artesão. Sentaram-se e o homem abriu a maleta para retirar a boneca pedida. A dama avaliou e pareceu gostar muito do resultado.
-Seja sincera, o que acha de minhas bonecas, senhorita Perrault?
-Poderia classificá-las como perfeitas como alguém impulsivo o faria, pensando que a perfeição é facilmente alcançada e obtida. Porém não o são. Estão caminhando para tal, mas é algo tão difícil para uma simples boneca! Ao menos ela não estará só nesta jornada. Elas lutarão em busca da perfeição. E possuem tempo para isto, se forem bem conservadas serão eternas. Estou falando demais?
-Não, estou adorando sua conversa. Parece que estou lendo um livro de algum antigo filósofo. Então... Para ser perfeito apenas com a chance da eternidade, não? Você gostaria de ter esta chance?
-Realmente é muito atraente atingir a idéia tão utópica da perfeição. Uma experiência bem interessante. Infelizmente o único modo que vejo de alcançar isto é com as suas maravilhosas bonecas, que parecem que a qualquer momento irão se mexer.
Tiveram uma agradável conversa sobre filosofia e arte. Mais encomendas de bonecas, novamente baseada em livros. A perfeição e eternidade se encontravam nos mesmos pensamentos de outra Alice. Mas havia uma grande idéia agora: lutar para ter o direito de ser perfeita e voltar a ter seu nome, Alice. Chamou este plano de Alice Game.
Na data de entrega das novas bonecas, descobre que sua fama de fabricante de bonecas espalhava-se pela Europa. A burguesa lhe contou que falara com uma conhecida na Inglaterra e esta ficou muito interessada em seu trabalho. Em breve sua família estaria indo visitá-lo para fazer uma encomenda. Seus negócios estavam indo muito bem, e sua relação com a garota também. Discutiam sobre vários assuntos enquanto tomavam chá. Sempre voltavam a falar de eternidade.
Não pôde mais agüentar. A jovem Alice seria sua quinta dama. Outra que teve o mesmo poder de sedução do mercúrio, porém esta possuía o brilho de rubis. Enquanto estava distraída passeando com Holie, certo dia, quebrou o pescoço da loira e fez seu ritual de coleta das pequenas luzes.
Em casa, ajeitou a boneca e colocou um broche no laço do pescoço. Deu colo para sua pequena preciosidade e corda, e esta abriu seus olhos ternos para logo fechar. Quantas bonecas era preciso para lutar e uma delas obter a perfeição? Precisava pesquisar e descobrir mais sobre aquele lugar cheio de portas.
N/A: Depois de muito, muito, muito tempo, sétimo capítulo pronto com as manias psicopatas da Alice S2 Eu deveria ter anotado todas minhas idéias antes, pois agora esqueci de algumas coisas que iria colocar na fic =~ Espero que tenham gostado e que venha o oitavo capítulo com a Chibi-Alice =D
Capítulo 8 - Pequena Pintora
- Spoiler:
- Ele estava finalizando uma de suas bonecas quando escutou alguém entrar. Na verdade era mais de um alguém. Encostou a boneca num canto para atender os clientes barulhentos. Viu uma mulher adulta e três crianças - as pequenas responsáveis pela poluição sonora. Apesar dos trajes elegantes, pareciam não ter ter aprendido bons modos e a senhora parecia consideravelmente constrangida. Pediu a elas para que se controlassem ao ver o artesão se aproximando.
-Bom dia. O que gostaria?
-Bom dia. A família Perrault nos recomendou suas bonecas. Gostaria de encomendar uma para cada senhorinha.
-Marlene! Eu quero falar! - disse a maior deixando claro que aquela mulher de cabelos escuros e avental não era a mãe delas. - Bom dia senhor Rozen. Sou Amanda. Gostaria de uma boneca que pareça a rainha!
-E uma princesa russa para mim, Anita! - a garota do meio falou antes quea menor abrisse a boca.
-Uma cor-de-rosa com lacinhos para mim, senhor!
-E qual seu nome, pequena dama?
-Alice White Lidell, senhor Rozen.
O sorriso brotou no rosto do artesão. A sexta. A pequena carregava consigo a sina, o nome em comum. Parecia ter a mesma idade de sua segunda dama, mas percebia que a personalidade se diferenciava. Observou que embaixo das unhas tinha vestígios coloridos na pequena. Percebeu então que havia demorado um pouco para responder.
-Ah... muito bem. Vou precisar de uns três meses para confeccionar as três. Como será feita a entrega?
-Ficaremos pela região por volta de quatro meses, a família Lidell tem negócios por aqui.
-Certo. Mantremos contato - sorriu graciosamente para a senhora que ruborizou.
Enquanto isso a pequena Alice ficava pedindo várias coisas as irmãs mais velhas. O sino bateu, a porta fechou e o homem ficou olhando a porta, preso em pensamentos. Ele precisava procurar a perfeição...
Rozen alternava o trabalho das bonecas com leitura e exercícios espirituais. Só saía do atelier para entregar encomendas e comprar pão. Ele fazia viagens astrais constantemente e de vez enquando, ia para seu refúgio.
De vez enquando, a pequena Alice ia visitá-lo. Falava sobre sua família, como gostava de pintar (mesmo não podendo), morangos e das roupas de antigamente. As vezes era complicado entender o que ela dizia, pois criava palavras especiais para certa coisas. E no meio deste tempo, ele ia preparando a boneca que iria servir de novo corpo para a sexta dama. Um dia, ela finalmente falou o que ele gostaria tanto de ouvir:
-Sabe, tio Rozen? Eu queria poder viver no mundo de fantasias para sempre, cheio de brinquedos... e com roupas confortáveis - ela disse segurando sua boneca que já estava pronta, batizada de Berrybell.
-Vamos tentar fazer isso se tornar real? - sorriu para a menina.
-Vamoooos!! - sorriu entusiasmada.
Naquele dia, ele pesquisou sobre alucinógenos... descobrindo como fazer a pequena entrar no mundo eterno de fantasias e providenciando tudo o que fosse preciso.
Outro dia, com tudo preparado, quando o céu se tornava laranja e as boas moças de família já estavam em casa, ele entregou para Alice um potinho com uma bebida.
-Esta é uma poção mágica, ao tomá-la entrará num mundo mágico. Mas só fará efeito se tomar à meia-noite. Recomendo fazer isso no jardim, acompanhada de Berrybell.
-Sim! Sim! Irei fazer isso, obrigada senhor Rozen.
-Será o nosso segredo, não conte a mais ninguém.
-Uhum!
E assim ela adentrou a casa onde estava, correndo com seus delicados sapatinhos. Rozen voltou ao seu atelier, vestiu a boneca com trajes folgados e rosa, com um enorme laço na cabeça e quando era meia-noite, aproximou-se das grades que separavam o jardim da rua. Viu o vidrinho aberto no gramado e a srta. Lidell a olhar o céu. Falava sozinha, delirando. O artesão sabia que ela estava vendo coisas e pelo sorriso eram agradáveis. Abriu o portão em silêncio e pegou a mão da criança, guiando-a para sair e ir para o parque.
As ruas estavam vazias e parecia que a menina estava seguindo uma borboleta, correndo com seus braços levantados, carregando a boneca pendurada em um braço, sempre a frente. Chegando perto do parque exclamou "Olha que delícia! Um bosque de doces!" e foi correndo entre as árvores. Então ela parou na frente do lago. Sentou-se na beirada, deixando a boneca de lado. O homem aproximou-se.
-Que lindo este lago de suco de morango! Porque não nadas nele? - cochichou em sua orelha.
-Obrigada senhor cachorro. Vou ver o que tem debaixo deste lago!
Assim a garota entrou no lago e mergulhou... um tempo depois o corpo delicado subiu. O artesão o recolheu e colocou na mochila, junto com a boneca. Foi no bosque mais próximo e cavou um buraco com uma pá rudimentar que tinha deixado anteriormente. Tirou o cadáver e o jogou junto com a boneca, enterrando. Na mochila, ainda retirou o galho de uma roseira, plantando-a em cima do monte de terra. Logo brotaria uma roseira, uma nova vida. E uma luzinha cor-de-rosa saiu da terra, indo para o loiro.
N/A: depois de um enorme tempo sem escrever.... eis que surge o oitavo capítulo... e relendo a fic vejo que preciso arrumar certo erros gramaticais 8D
Última edição por Alice em Sex Jul 09, 2010 3:16 pm, editado 2 vez(es)
Re: As Damas de Rozen
Fantástico <3
Alice tem tanto jeito para escrever <3
Em relação a suspeitas... hmm Tenho algumas, mas ainda muito vago... hmm A ver o que será que Rozen arranjou ;P
Alice tem tanto jeito para escrever <3
Em relação a suspeitas... hmm Tenho algumas, mas ainda muito vago... hmm A ver o que será que Rozen arranjou ;P
Re: As Damas de Rozen
SUGOIIII!!!
quero ler mais mais, e daquelas historias que prendem mesmo uma pessoa ^^
ai ai o que vai rozen faxer? xD
quero ler mais mais, e daquelas historias que prendem mesmo uma pessoa ^^
ai ai o que vai rozen faxer? xD
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Re: As Damas de Rozen
Admin 1 deveria ser escritora ~desu!! *-*~
Parece até que estou lendo um daqueles livros de romances do século passado >_<
Tomara que o capitulo 3 demore menos pra sair, Alice-chan T__T
Parece até que estou lendo um daqueles livros de romances do século passado >_<
Tomara que o capitulo 3 demore menos pra sair, Alice-chan T__T
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Re: As Damas de Rozen
concordo com a sui *_* <3Suiseiseki escreveu:Admin 1 deveria ser escritora ~desu!! *-*~
Parece até que estou lendo um daqueles livros de romances do século passado >_<
Tomara que o capitulo 3 demore menos pra sair, Alice-chan T__T
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Re: As Damas de Rozen
tá maravilhoso, Alice-chan ^^
Uma das melhores fanfics que já li^^
Espero que continue, estou curiosa^^
Uma das melhores fanfics que já li^^
Espero que continue, estou curiosa^^
Re: As Damas de Rozen
Omg, vcs tão me dando vontade de enrrolar pra dar mais suspense pra fic! xDDDDD
Eu? Escritora? Creio que meus professores de português todos discordem! XDDDDDDD
Sim, eu vou continuar até o final da criação de todas as bonecas! XD Eu amo minha Alice aristocrata albina *o*~ E quase que eu "spoilo" aqui ç_ç~ Mas eu jah escrevi um trechinho do capítulo 3, que se coninuar na minha linha de pensamento... o capítulo se chamará Melodia.
Aliás, viram da realação Mercury com Mercury Lampe, lâmpada de mercúrio e bla bla bla, né? xD Eu preciso do significado das outras bonecas pra eu jah ir boiando mais *sabe soh da metade*
Eu? Escritora? Creio que meus professores de português todos discordem! XDDDDDDD
Sim, eu vou continuar até o final da criação de todas as bonecas! XD Eu amo minha Alice aristocrata albina *o*~ E quase que eu "spoilo" aqui ç_ç~ Mas eu jah escrevi um trechinho do capítulo 3, que se coninuar na minha linha de pensamento... o capítulo se chamará Melodia.
Aliás, viram da realação Mercury com Mercury Lampe, lâmpada de mercúrio e bla bla bla, né? xD Eu preciso do significado das outras bonecas pra eu jah ir boiando mais *sabe soh da metade*
Re: As Damas de Rozen
Não demora Alice ~desuuu T__T
Que significado vc quer? Dos nomes ~desu??
Até quais vc sabe?? o.õ
Que significado vc quer? Dos nomes ~desu??
Até quais vc sabe?? o.õ
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Re: As Damas de Rozen
Vamos ver...
kanaria é basicamente canário, não? pq tem um "vogel" atrás e me deixa meio confusa xD
Sui: pedra de jade
Sou: lapis lazuli
Shinku: boa pergunta u_u~
Hina-Ichigo: algo haver com morango xD
Kira: death note! xD
Viu, sei das coisas pela metade u_U"
kanaria é basicamente canário, não? pq tem um "vogel" atrás e me deixa meio confusa xD
Sui: pedra de jade
Sou: lapis lazuli
Shinku: boa pergunta u_u~
Hina-Ichigo: algo haver com morango xD
Kira: death note! xD
Viu, sei das coisas pela metade u_U"
Re: As Damas de Rozen
A Kanaria é só canário e o Stern da Sui e da Sou é estrela :S
Hina-Ichigo - Petite Strawberry se fores a seguir o que está na tradução da Tokypop xDD Que é "pequeno morango" ^^
A Shinku é Reiner Rubin.. Rubi puro ^^
E a Kira hmm Acho que é Floco de Neve de Cristal Brilhante (ou qualquer coisa por aí ;P)
Espero que a Sui não se importe que eu tenha respondido :S Já agora, se a Alice quiser um bom site de tradução de alemão pa inglês http://translation2.paralink.com/ *.*
Hina-Ichigo - Petite Strawberry se fores a seguir o que está na tradução da Tokypop xDD Que é "pequeno morango" ^^
A Shinku é Reiner Rubin.. Rubi puro ^^
E a Kira hmm Acho que é Floco de Neve de Cristal Brilhante (ou qualquer coisa por aí ;P)
Espero que a Sui não se importe que eu tenha respondido :S Já agora, se a Alice quiser um bom site de tradução de alemão pa inglês http://translation2.paralink.com/ *.*
Re: As Damas de Rozen
Não me importo não Lumi ~desu XD
Só um acréscimo, o Stern pode ser lido tb como pedra *lembra daquela joalheria famosa?? =D* Acho que esse deve ser um sentido mais correto, já que estrela não tem muito a ver com Jade e Lapislazuri ~desu. =3
Só um acréscimo, o Stern pode ser lido tb como pedra *lembra daquela joalheria famosa?? =D* Acho que esse deve ser um sentido mais correto, já que estrela não tem muito a ver com Jade e Lapislazuri ~desu. =3
Suiseiseki- Rozen Maiden
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Localização : Ao lado da mala da Souseiseki. Porque a Suiseiseki não quer ficar sozinha ~desu.
Re: As Damas de Rozen
CAPÍTULO 3 POSTADO! OBRIGADA PELA AJUDA MENINAS DO MEU CORAÇÃOZINHO DE CRIANCINHA LEVADA *O*~
Re: As Damas de Rozen
Lindo ~desu!! *-*
Nyaa morte!! *-*
Quero ver mais logo, Admin 1 XD
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Suiseiseki- Rozen Maiden
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Re: As Damas de Rozen
Estranho... O.o
Rozen era estranho.. hmm Espero que não vá matar 7 raparigas... =/
Já agora Alice, só uma coisinha do manga para quando chegares à parte da Kira ;P Rozen quando acabou de criar a Hina começou a pensar que talvez o corpo físico fosse um obstáculo para conseguir a perfeição da Alice, por isso criou a Kira que só podia existir em N-fields ^^ [como nunca vi isto em nada nenhuma :S]
Rozen era estranho.. hmm Espero que não vá matar 7 raparigas... =/
Já agora Alice, só uma coisinha do manga para quando chegares à parte da Kira ;P Rozen quando acabou de criar a Hina começou a pensar que talvez o corpo físico fosse um obstáculo para conseguir a perfeição da Alice, por isso criou a Kira que só podia existir em N-fields ^^ [como nunca vi isto em nada nenhuma :S]
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