[S&V] Novembro - 2011

Era uma vez, um pequeno garoto. Ele estava triste, magoado, abalado, desnorteado. Não sabia o que fazer, não sabia o que dizer. O motivo disso? Nunca ter encontrado alguém que realmente lhe cativasse de uma forma boa.
Ele sempre corria, sempre fugia. Era um idiota, e muitos não gostavam dele por isso.
Um dia, esse garoto encontrou uma Anjinha. Uma anjinha linda, interessante, legal e imprevisível. Ela era incrível, o garoto simpatizou com ela de primeira vista.
Mas tinha um porém, a pequena anjinha estava com a asa quebrada. E o pequeno garoto resolveu ajudar.

“Pode contar comigo para tudo, ok?”

E o garoto começou a cuidar da anjinha. Ele só queria o bem dela, e a via apenas como uma amiga... Durante um tempo.
Sim, apenas durante um tempo. Um curto período de tempo... Quando percebeu, o garoto estava doido por ela. Faria tudo por ela.
Enfrentaria Deus e o Diabo sozinho, criaria asas para acompanhá-la, viraria forte para defendê-la, ficaria bonito para satisfazê-la. Daria tudo, daria o mundo. Mesmo que os dois fossem de lugares diferentes... De mundos diferentes...

“Não faça essa cara. Eu te amo.” Dizia, toda vez que a Anjinha ficava triste ou irritada.

Aliás, as vezes isso acontecia com freqüência. O garoto ficava confuso, pensava que seu amor era platônico, mas ela ficava com ciúmes dele. E ela toda vez dizia que ia embora. Que estava cansada e que ele podia fazer o que quiser. Mas o garoto, toda vez, com seu coração sincero, cantarolava as coisas para ela. Cantarolava, querendo que seus sentimentos chegassem a ela.

“Eu sei que você já não quer mais meu amor... ”

E ela, uma amante da música, o perdoava. Os dois ficavam bem. O garoto ficava feliz com isso. Mesmo que talvez a outra pensasse que fosse apenas palavras bonitas ditas da boca para fora.
E assim, os dois, eram felizes. O pequeno garoto se declarava para ela todo dia, e ela pensava que eram apenas brincadeiras. Mas, mesmo assim, o pequeno garoto era feliz.

“Eu te amo. Durma bem, ok?”

Mas um dia... Aconteceu que a anja ficou muito irritada! Muito triste, e irritada!
E não sabendo o que fazer, o garoto simplesmente abriu a boca e falou as coisas mais sinceras que seu coração podia formular, durante o impulso...
E no outro dia, parecia ter ficado tudo bem. Eles estavam juntos. Mais juntos do que nunca.
Mas apenas como amigos... Era incrível isso. O garoto resolveu tomar uma atitude e dar um passo à frente. E ele faria isso... Até ver que a asa da anjinha estava curada e ela voltaria a voar. Voltaria para o céu.
Com a notícia, o garoto ficou arrasado... Mas, mesmo assim, sabia que agora que estava curada, ela estava livre. Iria deixá-la ir...
Ou não. Novamente, durante o impulso, disse:

“Por que... você... não... fica... aqui... comigo... pra sempre?”

A anjinha, sem reação, apenas disse que iria pensar. E já sabendo do resultado, o garoto, novamente, triste e abalado, como no inicio, resolveu que se a anjinha pudesse voar e voltar para antigamente, ele estava ok.
Ele estaria feliz se ela tivesse feliz.

... Mas no fundo...

... Não tão fundo assim, aliás...

... O garoto...

... Apenas queria...

... Que a anjinha voasse e fosse feliz...

... ao lado dele.

Qualquer pessoa colocaria milhares de poréns em um relacionamento virtual, e duvidaria de um amor supostamente capaz de vencer até a mais cruel distância. Eu duvidava, até que você apareceu. Apareceu pra mim e mudou meu conceito de felicidade, me fez ver que a alegria que eu julgava sentir não é nada comparado ao que eu sinto hoje. Porque você me mudou, me tornou alguém melhor sem nem me tocar, e eu sei que posso te sentir mesmo com a maior das distâncias. Hoje eu preciso das nossas conversas, eu preciso das nossas brincadeiras, preciso de você aqui comigo a cada instante. Talvez você não saiba, mas antes de dormir eu faço planos pra você, pra mim e pra nós. Eu acredito em meus sonhos, mas sei que ainda vou deixar de tratar você como sonho. Ainda vou te tratar como realidade, a minha realidade.