Jun Maiden

Nesta fanfic, as Rozen Maidens já vão estar com novos médiuns, e o Jun, um adulto muito experiente na criação de bonecas ~na no :3
Leiam! i_i

----------------



Desde o dia em que Barasuishou partiu-se em pedaços, as Rozen Maidens foram levadas por Laplace a dormirem, pois o Jogo de Alice daquela era havia acabado. Porém, anos depois, Shinku foi acordada por uma menininha de oito anos muito mimada. A garota se chamava Satou, significando açúcar em japonês, pois seus pais a achavam muito doce.
Satou tinha os cabelos ruivos meio alaranjados, que eram sempre amarrados em marias-chiquinhas. Gostava de se vestir com roupas azuis, para combinar com os seus olhos. O seu encontro com Shinku não foi por acaso, pois Satou já tinha ouvido falar das Rozen Maidens na escola.
Ela estudava na Ureshi Elementary School, escola para crianças de 1ª a 4ª séries. Certo dia, enquanto estava andando nos corredores, ouviu duas meninas conversando:
- Você sabia que eu tenho uma boneca mágica?
- Não diga!
- Mas é verdade, ela tem até um trequinho que pisca! O nome dessa boneca é Shinku, e ela é muito bonita. Vem com uma xícara dourada, um boneco de pelúcia do Kun-kun, um relógio de pulso e uma bengalinha rosa.
- Jura? Eu amo Kun-kun, é o meu teatro de marionetes predileto!
Subitamente, Satou interrompeu a conversa das duas garotas, com um gesto violento.
- Quanto que você quer por essa boneca? Meu pai é um empresário muito rico, que pode lhe dar tudo o que quiser!
- Satou-chan, eu não quero nada. Shinku é uma boneca muito valiosa, foi ela que me deu esse anel de rosa – disse a menina, mostrando o contrato com Shinku em seu anelar direito. – Não estou nem um pouco interessada nesse seu pai que mais parece um amigo imaginário! – rebateu, com um tom arrogante.
- SEGURANÇAS! – gritou Satou, irritada. De imediato apareceram dois homens com paletós pretos, óculos escuros, camisas brancas, calças pretas, gravatas pretas e um broche no peito esquerdo, com a inicial do sobrenome da menininha, que era Hajimitsu.
Os homens, que tinham mais de 1,90m, olharam para baixo e viram duas crianças com uma cara de “eu não fiz nada”, enquanto Satou estava furiosa. Em coro, os dois falaram:
- O que aconteceu, Hajimitsu-sama?
- Esta menina – disse Satou, apontando para uma garota do mesmo tamanho dela, cabelo preto e curto, indo até o pescoço – recusou vender uma boneca que eu desejo muito. Detalhe: eu estou oferecendo muito dinheiro!
Os seguranças seguraram cada braço da menina que recusou a venda de Shinku, apertando com força, até a coitada chorar e gritar de dor:
- Onegai, parem! Eu vendo a boneca!
- Joguem-na no chão – ordenou Satou aos seguranças.
Caída e com os braços vermelhos, a menina falou:
- Dê-me a quantidade que quiser, mas para eu vender a Shinku, terei que desfazer o contrato.
- Está bem, mas você terá até amanhã para me dar a boneca, ou eu não lhe darei 15 mil yenes. Escute bem: 15 mil yenes. Isto é mais do que você ganhará na vida! – disse, com uma risada maléfica.
A garota não gostou nem um pouco do que Satou disse, mas preferiu ficar calada para não se machucar mais. As duas foram para as suas respectivas classes, 2B e 2D. Nenhuma prestou atenção à aula, pois estavam muito nervosas, mas por motivos diferentes. Quando a aula acabou e Satou já havia chegado em casa, a menina saiu correndo para o seu quarto, indo trancar a porta. Porém, ela foi interrompida por uma camareira morena, que puxou a porta dizendo:
- Hajimitsu-sama, gomen nasai por intrometê-la em seus momentos de paz, mas preciso avisá-la que sua mãe a proibiu de ficar com a porta trancada.
Satou olhou para a humilde moça com um olhar de desprezo. Envergonhada, a camareira saiu correndo.
Dez minutos depois, a campainha tocou. Satou ordenou aos empregados que a deixassem abrir a porta, pois estava esperando uma pessoa. Ao abrir, a menina enxergou sua colega de escola com uma mala marrom, com detalhes dourados e uma rosa no centro. Ignorante, Satou retrucou:
- E essa agora? Depois de tudo o que fez, quer dormir na minha casa, é? E a minha boneca?
- Está aqui dentro – disse a garota, com a cabeça baixa, entregando a mala, de modo que as suas mangas escorregassem e dava para ver as faixas em volta do local afetado pelos seguranças.
- Não fez nada mais que sua obrigação. Agora, vá embora daqui – ordenou Satou.
Correndo para o seu quarto, a menina ruiva abriu a caixa e ficou surpresa com o que viu. Shinku era macia, utilizava uma roupa com o veludo mais nobre e realmente tinha uma xícara e o boneco do Kun-kun em sua mala.
- Como ela é linda! – exclamou. – Será que ela se mexe se eu der corda? – disse Satou, girando a chave no buraco que fica nas costas da Shinku.
Começando a dar ruídos em suas articulações, Shinku acordou, e olhou fixamente para Satou com um olhar que a menina nunca havia recebido. Se aproximando, a boneca deu um pontapé na canela de sua futura médium, que deu um grito de dor, acompanhado de um chamado:
- SEGURANÇAS!
Imediatamente aqueles dois homens apareceram, olhando para Shinku e estranhando o fato de que ela parecia com uma criança.
- Qual é o seu nome? – perguntou o segurança loiro.
- Eu sou Shinku, a quinta boneca de Rozen Maiden. A partir de agora, esta garota terá que fazer um contrato comigo e jurar proteger minha Rosa Mística.
- Do que está falando? – reclamou Satou. – Eu quero brincar, não quero proteger a sua Rosa sei-lá-do-quê!
- Obedeça a Hajimitsu-sama – disse o segurança moreno.
- Quem, esta menina mimada? Se eu fosse vocês, dar-lhe-ia uns belos tapas por ter me comprado da Ayume.
- Você não sabe com quem está falando, sabe? – perguntou a garotinha. Eu sou Satou Hajimitsu, filha de Akira Hajimitsu, dono da empresa de computadores Hajimitsu Ltda. Todas as pessoas devem me respeitar, pois sou uma figura muito importante. E não será você a primeira pessoa a contrariar!
- Não sou uma pessoa, menina!
- Não aceito que me chamem de menina! Para você, eu sou Hajimitsu-sama!
- Recuso-me a lhe chamar pelo sobrenome. Diga-me o seu nome.
- Para quê, se eu quero ser tratada com mais respeito?
Shinku fez um gesto rápido, levantando sua mão direita para o alto. Subitamente, Holie apareceu em sua mão, trazendo várias pétalas de rosa que atacaram Satou como navalhas. A menina gritou:
- SATOU! MEU NOME É SATOU!
- Ótimo, informaste-me o teu nome. Agora, jure por esse anel de rosa que irá proteger a minha Rosa Mística, se quiser viver.
Sem dizer nada, Satou aproximou seu rosto à mão de Shinku, beijando bem no centro da rosa. Um clarão vermelho envolveu o quarto, deixando o anelar direito da garota quente, pois agora estava com a marca completa.
- Você agora se tornou minha médium, Satou. O Jogo de Alice está para começar.

*tentando não olhar para o avie e sain da freya porque está ficando com ciumes*
ADOREI *.*
essa miuda satou é uma mimada <.<
nem merecia ser medium <.<
se eu fosse a shinku eu ia-me embora dali <.<

Eita... que vontade de dar um chute nessa menininha e fazer voar longe ~desu. o_Ó Que chatinha.... tratar a amiga daquele jeito e a Shinku tb ~desu. u__ú

A Lilly também ajudou, Freya 8D
Ah, obrigada a todos ~na no x3

--------------------------------------------



Ao ouvir aquela frase, Satou ficou um pouco confusa, pois não sabia o que era o Jogo de Alice. Ao perguntar para Shinku o que significava, a boneca apenas se virou e respondeu:
- No momento certo você irá descobrir. Agora, abra-me a porta deste quarto, porque preciso dar uma olhada no local.
- Já que vai sair, traga-me um sorvete da cozinha, quero de creme e com uma deliciosa cobertura de chocolate. Mas quero o sorvete feito pela minha mãe, pois o sorvete da cozinheira é horrível!
- Eu é que tenho que te dar ordens agora, Satou. Você se tornou minha serva.
A menina ficou irritada com a resposta que recebera, então começou a se aproximar de Shinku para agarrá-la, mas acabou recebendo uma “chicotada” de cabelo. Sem mais cobranças, Satou abriu a porta e deixou Shinku sair.
Sem fazer quase nenhum barulho, ao sair, Shinku paralisou todos os empregados da mansão, que silenciaram e acharam estranho ver uma boneca com vida, fazendo tudo o que os humanos fazem. Sem responder nada, Shinku apenas se virou para eles e levantou a sobrancelha esquerda, depois continuou o seu caminho.
Encontrou uma janela parecida com a do quarto do Jun, seu antigo médium, e começou a olhar através dela. Shinku não viu nada mais nada menos do que ele, em pessoa. A diferença é que Jun estava andando muito apressado, com uma mala na mão, dirigindo-se a uma loja de bonecas. Era a loja mais conhecida da cidade, por continuar o antigo trabalho de Rozen, mas com o nome de Jun Maiden. Shinku pulou a janela e dirigiu-se ao seu antigo médium, agora com uma camisa amarelo-claro, uma calça marrom e sapatos pretos, lembrando um pouco a roupa do Rozen.
- Quem é você? – perguntou o sucessor de Rozen.
Com um ar de graça, Shinku deu um pontapé em Jun, que rapidamente se lembrou de tudo, respondendo com um tom alegre:
- Shinku!
- Eu sabia que só desse jeito você se lembraria de mim - respondeu ela, com um sorrisinho.
- Você não mudou nada, não é?
- Claro que não, sou uma boneca! – falou, fazendo mais graça ainda.
- Pelo jeito, você mudou sim... Como está a sua vida agora? Conseguiu um médium?
- Consegui sim, uma tal de Satou Hajimitsu... – disse, com um tom de decepção.
- Filha do dono da empresa de computadores Hajimitsu Ltda.? Ela deve ser muito mimada...
- É justamente por isso que não gosto dela.
- Bem, mas você vai cancelar o contrato com ela ou vai continuar assim?
- Vou continuar com ela, acho que é até melhor para Satou, pois irei educá-la, assim como fiz com você.
- Agradeço-lhe muito por isso. Se não fosse por você, não teria conseguido um bom emprego e muito menos uma boa vida.
Sem responder, Shinku apenas pensou: “Bom garoto, Jun”. E caminhou de volta para casa olhando o bom trabalho que fizera com aquele menino fechado, agora um homem com sucesso, correndo porque estava atrasado.
Quando chegou a casa, Shinku viu Satou furiosa:
- Você saiu de casa sem a minha permissão, pulou a janela fora e pisou nas rosas da minha mãe! Quem você pensa que é?
- A pessoa que manda em você, não você que manda em mim. Parece que você ainda não percebeu a sua posição, não é?
- Ora, mas que posição? Eu sempre fui tratada como uma rainha, porque moro em uma mansão muito chique. Acho que você deveria agradecer a mim, por ter te tirado daquela espelunca!
- De que adianta uma boa casa se não tem uma boa educação? Pobre Satou... Foi vítima de pais que não sabem dizer não.
Satou calou-se, mas por dentro sentiu-se muito chateada ao ouvir isso. (Será esse o primeiro fator de que ela vai mudar?) Voltou para o seu quarto, jogou-se na cama de pinho com uma colcha cor-de-rosa e desatou a chorar. Enquanto isso, Shinku olhava-a com um pouco de pena, mas com vontade de transformá-la.

Nyaaa dá até dó da Shinku arrumar uma médium assim ~desu! XDD

Justo ela que é tão certinha e refinada... achou alguém mais mimada que ela ~desu!!! XD

ahhh><posso matar a menina mimada?*kanaria pega numa pistola*

é eu tambem ó.ò
desatou a chorar 8D
bem-feita menina mimada ù_ú

Shinku voltou para o quarto, mas recebeu uma resposta muito grossa de Satou:
- Você arruinou a minha vida, sua boneca idiota! Já se não bastasse ter falado tudo aquilo, ainda vem aqui para me chatear e interromper meus momentos de paz!
Ao ouvir aquilo, Shinku se aproximou um pouco da menina, enganando-a fingindo fazer um carinho no rosto, mas no lugar, dando um tapa com muita força.
- Entenda sua posição, Satou. Você é minha serva agora. Então, já que não está fazendo nada muito importante, traga-me chá. Que esteja com 95ºC de temperatura, se não fica muito frio ou muito quente. Eu gosto de chá preto, que seja feito com folhas bem abertas, mas chá de limão também serve.
- Eu não sei fazer chá, sua mandona.
Satou, um segundo depois de terminar a frase, foi pisada pelo sapato da Shinku.
- Nunca chame uma dama de mandona! – retrucou a boneca.
- Tá, tá, eu chamo as empregadas... – disse Satou, sem a mínima vontade de levantar com aqueles olhos roxos de tanto chorar.
Quando a menininha estava andando até a cozinha com Shinku do lado, a reação de todas as cozinheiras foi:
- AAAAHH!! Kawaii desu ne?
- Não se acostumem com ela, não – respondeu Satou. – Ela tem uma carinha bonitinha, mas é perversa que só vendo.
Shinku dessa vez jogou seu cabelo na cara dela, admirando todas as empregadas:
- Olhem até onde a tecnologia chegou – respondeu uma que estava no fogão.
- As pilhas duram até que horas? – perguntou uma moça que estava secando o corredor longo e vinho com um rodo.
- Não sou uma boneca movida a pilhas não. Meu nome é Shinku, sou a quinta boneca de Rozen Maiden. Agora, tragam-me chá dos melhores.
Várias empregadas estavam competindo para ver quem fazia o melhor chá. No final, Shinku recebeu 13 xícaras. Quando ela foi buscar sua própria, todas começaram a comentar que ela era muito bonitinha, por usar uma xicrinha de boneca.
- Nani? – perguntou.
- Ah, nada não – disseram elas em coro, com o rosto corado.
- Satou, você tem um espelho grande?
- Para quê? Quer se achar, é?
Novamente, Shinku joga os seus cabelos no rosto de sua médium, respondendo:
- Você é muito infantil e ansiosa. Parece que gosta de quando eu bato em você. Agora, mostre-me o espelho.
- Tá bem, venha comigo.
Satou dirigiu-se até o seu closet, uma porta escondida em seu quarto. Lá, podia-se ver um enorme espelho, com uma borda branca. Shinku nem notou nas inúmeras roupas da criança, apenas ficou olhando fixamente para o chão, sem ouvir o que Satou dizia.
- O que foi? – perguntou ela.
- Nada importante... – respondeu, com um tom triste. – Pude ver o meu antigo médium agora, adulto... Fiquei com saudades.
- Ótimo, então vá para ele, que a minha vida vai ficar muito melhor.
Nesse instante, a boneca se lembrou de quando Jun avisou para Hina Ichigo voltar para a casa de Tomoe. Também ficou pensando se as Jun Maidens seriam bonecas tão boas quanto as de Rozen. Sem pronunciar mais nenhuma palavra, fez uma expressão de tristeza, mas só foi respondida com um olhar de desprezo, lançado por Satou.

nyaaaa tadinha da shinku T_T
satou baka ù.ú
é! quero ver as jun maidens >_<

Que raiva dessa menina ~desu. o.ó Shinku tá judiada aiii.... volta pro Jun Shinku ~desu!!! .______.

Nyaa tb quero ver as Jun Maidens logo ~desu. o.ov

Com esse titulo parece interessante, mas agora nao posso mesmo ler :s desculpa, mas prometo que assim que puder leio

desculpem o flood :s

Em uma loja de bonecas conhecida por nossas protagonistas, Jun acaricia sua primeira obra-prima, Ai Shoku. A boneca possuía um espírito artificial de cor índigo, chamado Dunkelblau. Seus cabelos eram negros e longos, amarrados por dois elásticos com duas uvas-do-monte em cada um.
Ainda um pouco sonolenta, pois Jun havia dado corda a poucos instantes, Ai Shoku acaricia seu broche azul-marinho com suas iniciais, olha com um sorrisinho para seu pai e sussurra:
- Otou-sama... Quem sou eu?
- Seu nome é Ai Shoku, querida... A primeira boneca de Jun Maiden.
- Primeira... boneca? Existem outras iguais a mim?
- Existirão outras Jun Maidens, baseadas nas Rozen Maidens. Vocês são a continuação das bonecas de Rozen.
Levantando-se do colo de seu criador, Ai Shoku começa a dar passos lentos, mas coloca a mão direita em seu rosto, e logo em seguida desmaia.
- O que aconteceu? – pergunta Jun, abalado.
- Você nem deveria ser considerado um criador de bonecas pela sua tamanha incompetência – afirma um colecionador de bonecas – Rozen ficaria muito decepcionado e com vergonha de ter uma continuação tão podre.
Furioso, Jun fica descontrolado e puxa o colarinho do homem gorducho, de pele branca e cabelos brancos com calvície:
- Retire o que disse.
- Não...
- Retire o que disse!!!
- Não.
- RETIRE O QUE DISSE! – gritou Jun, jogando seu cliente no chão, que havia machucado o cotovelo.
- Me machucar não irá lhe ajudar a limpar a vergonha de Rozen.
- Vá embora daqui, você não é mais bem-vindo em minha loja!
O senhor de idade saiu andando calmamente para casa, com uma cara de satisfeito. Jun entrou em seu escritório, olhando para sua boneca com um vestido longo, cheio de bordados prateados.
- Ai Shoku... Onde foi que eu errei?
No dia seguinte, na mansão de Satou, Shinku caminhava com passos lentos, insatisfeita.
- Tá na hora do almoço, Shinku – disse sua médium.
- O que iremos comer?
- Sei lá, pergunta pra cozinheira!
Desta vez, em vez de um belo soco, Shinku falou:
- Sorte sua que minha mão está dolorida de tanto eu te bater. Quero que me sirva flor sobre o hambúrguer, assim como a Nori fazia!
- Quem é Nori? – perguntou Satou, em vez de fazer um comentário ignorante, como de costume.
- A irmã do meu antigo médium, Jun. Ela sabia fazer flor sobre o hambúrguer de um modo muito bom, mas infelizmente não era boa em chás. No fim, eu acabei ensinando-a.
Satou dirigiu-se à cozinha, falando com a cozinheira:
- Você sabe fazer flor sobre o hambúrguer?
- Nunca tentei, mas tem um livro de receitas aqui ensinando.
- A Shinku quer comer essa comida, então, como ela é chatinha, acho bom você fazer logo.
Embora esteja sentada numa enorme poltrona com madeira dourada e estofado de veludo vinho, na sala, olhando fixamente para o imenso tapete vermelho que percorria os corredores, Shinku ouviu a fala arrogante de sua médium. Ficou muito irritada, mas tentou não mostrar suas emoções. Com passos lentos, a boneca parou em frente à Satou, olhando-a fixamente, que estava surpresa. Deu um tapa muito forte na cara dela, que saiu correndo gritando de dor.
A cozinheira estava pasmada, pensando: “Como é que uma simples boneca pode controlar essa menininha mimada?” Depois, como se estivesse falando com o seu cérebro, pensou: “Melhor não pensar isso da Satou-chan. Os pais dela podem ficar irritados”. Depois, voltou a cozinhar.
Andando de volta para a sala, Shinku avistou na janela uma boneca, na mais nada menos que Ai Shoku. Pulou a janela, sem se importar com as orquídeas do jardim, e chegou à rua, perguntando:
- Quem é você?
Recebeu uma resposta triste:
- Antes de tudo... Quem é você?
- Watashi wa Shinku, Rozen Maiden daigo doll.
- Watashi wa... Ai Shoku... Jun Maiden daichi doll.
- Jun Maiden?
- Sim, fui criada por Sakurada Jun – disse a boneca índigo, com orgulho.
- Olha, eu conheço o seu criador mais que você – disse, em um tom sério. – Ele já foi o meu médium quando era criança.
- Otou-sama já foi o seu médium?? – perguntou, maravilhada.
- Sim, sim. Aliás, se ele não tivesse feito o contrato comigo, jamais teria começado a criar bonecas.
Os olhos de Ai Shoku começaram a brilhar. Ela gostou muito de Shinku, dizendo:
- Então eu devo minha vida a você – fazendo uma reverência.
Vindo de sua natureza nobre, Shinku não agradeceu, mas acariciou a cabeça da “meio-irmã”. Assim que retirou a sua mão, perguntou:
- Você já tem um médium?
- Ainda não... Fui acordada a pouco tempo, mas quando abri os olhos, percebi que estava dentro de um armário empoeirado – disse, com um tom triste. – E você, como está?
- Eu estou naquela casa – falou, apontando para a mansão. – Mas não estou gostando de lá.
- Por quê?
- É tudo muito confortável, mas a médium é muito perturbadora. Se bem que o Jun também tinha problemas, mas com a convivência conosco conseguiu se habituar.
- Otou-sama era ruim para você?
- Não, mas ele viveu muito tempo isolado, sem apoio. Com isso, ele não conseguia confiar em ninguém. Só que o problema de Satou é diferente; ela é muito mimada.
- Ih, então ela não vai me deixar morar com você, vai?
- Pouco me importo com ela! Eu trago quem eu quiser, Satou é minha serva.
- Está bem – respondeu, com um jeito sério. – Vamos entrando. – As duas bonecas entraram de novo pela janela, e Ai Shoku já foi colocando a sua mala no chão.

Tá ficando bom, chibi-chibi ~desu. ^-^

Finalmente começaram a aparecer as Jun Maidens!! ^^

ei! hina-chan *.*
ai shoku significa o ke? <3
eu gosto muito dela <3

Errado, Ai Shoku significa índigo ~na no! xD

amei³³³³³as Jun Maidens a Ai Shoku deve ser mt Kawaii*-*
to loka pra le + 1 capituo *-*

Demorou mas chegou ~na no! XD



Satou mais uma vez estava nervosa, mas dessa vez tinha uma boa razão para isso. Uma das empregadas destruiu um vaso de porcelana chinês ao usar seu espanador de pó:
- O que você tinha na cabeça, hein?? Sinceramente, as empregadas de hoje estão muito abusadas! – acabou perdendo a razão, generalizando.
- Não... Não pode ser! – exclamou Ai Shoku.
- Nani? – perguntou Shinku.
A boneca das uvas-do-monte fez uma face raivosa. Apertou seu broche, que saiu uma uva-do-monte bem gordinha, que ao encostar na empregada, que estava com vergonha, imediatamente ficou do tamanho das bonecas, e com uma face mais infantil.
- Você é Murasaki Shi, não é?
- Mura... O quê?
- Não se finja de boba, eu descobri o seu disfarce utilizando suco de fruta! Você é Murasaki Shi, a terceira boneca de Jun Maiden, não é? Destruiu o vaso de porcelana porque utilizou o espanador errado de novo!
- Não estou entendendo nada... – disse Satou.
- Nem eu. Vocês já se viram? Qual o poder dela?
Murasaki Shi, com vergonha, alisou seu avental lilás desbotado. Tinha a roupa com mangas longas e vestido abaixo do joelho, como uma empregada de classe, na cor violeta. Usava sapatos de boneca pretos e meia soquete branca. Diferente das outras bonecas, seu cabelo era azul-marinho, preso por um coque. Os olhos verde-esmeralda, assustados ao ver Ai Shoku, fizeram uma expressão de medo, acompanhados pela voz doce da boneca:
- Shoku-chan! Por que está me tratando mal na frente de uma daquelas?
- Você sempre fazia piadinhas para mim, Murasaki Shi. Estou muito decepcionada pelo fato de você continuar infantil, usando esse seu poder mutante.
- Não sou só mutante! Meu espanador de pó cresce e vira uma vassoura para voar, espalhando poeira que cega os adversários, e assim, eu mudo de forma.
- Sim, mas seu ataque é muito fraco. Essa poeirinha de nada não machuca tanto, embora eu tenha que admitir: sua defesa é brilhante.
- Eu não ataco assim! É claro que eu uso minha força física e a vassoura para bater! – disse ela, sorrindo.
- Tá bom, que seja. Cadê a sua gêmea?
- A... Momoiro Shi? Eu não sei... Separamos-nos há muito tempo. Ela foi raptada por um vendedor de brinquedos, não sei se foi vendida ou não.
- Certo, já tenho todas as informações de que preciso. Shinku e Murasaki Shi, vamos procurá-la! – disse Ai Shoku, assumindo uma postura autoritária.
Shinku vem de uma natureza bastante nobre, esperando ser servida. Por isso, mesmo sabendo da preocupação de Ai Shoku, ela jogou seus cabelos na boneca índigo, que caiu no chão, dura, sem dizer nada. Murasaki Shi, que estava escondida com sua forma humana o tempo todo, não demorou para perceber os caprichos dela.
- Shinku-chan... – disse para ela, com medo.
- Nani?
- É que, bem... O que iremos fazer?
- Iremos procurar sua gêmea amanhã. Agora está tarde, são quase oito horas. E, por enquanto, não apareceu nenhuma Rozen Maiden, Forgotten Rozen Maiden ou Jun Maiden disposta a atacar.
- Quem são essas Forgotten Rozen Maidens?
- São as bonecas que vieram antes de nós. Criadas pelo pai, foram protótipos abandonados. Houve um tempo em que elas lutaram conosco, só que hoje, acredito que ainda estejam dormindo. Kirakishou derrotou Kite, a segunda boneca delas, e a Rosa Mística está com Catherine, a gêmea.Mas não tenho nenhuma notícia dela e das outras Forgottens.
- Nossa! Então quer dizer... Que elas se separaram para sempre? Eu temeria muito perder a Momoiro Shi.
- Sim, mas pelo menos ela carrega uma lembrança de sua irmã;
- Ai, que coisa mais triste! – Murasaki Shi limpou uma lágrima.
- Bem, agora está tarde... Vamos dormir.